O melasma, uma hiperpigmentação da pele que ocorre pela deposição aumentada de melanina, atinge cerca de 35% das mulheres no Brasil. Logo, é fundamental que as esteticistas saibam identificar e realizar tratamentos certeiros, visando maior qualidade de vida das clientes.
A formação dessas áreas escurecidas no rosto favorece uma imagem negativa sobre a autoestima e qualidade de vida das pessoas com o transtorno. Dessa maneira, muitas clientes buscam diversos tratamentos e auxílio para minimizar essas áreas.
Existem tipos diferentes de melasma, fatores de risco e idades propícias, causas e sintomas que precisam ser conhecidos por profissionais esteticistas, a fim de realizar diagnósticos e entender qual o melhor tratamento, dependendo do caso.
Embora atinja uma parcela importante da população, os profissionais ainda enfrentam dificuldades quanto à terapêutica e manutenção do transtorno.
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Então, reunimos algumas informações que podem lhe auxiliar a chegar nos tratamentos corretos e quais produtos podem ser utilizados para garantir o bem-estar das clientes.
Fatores que levam ao melasma
Importância da anamnese para o tratamento
Tipos de melasma e como diferenciar
Ativos não indicados em produtos do tratamento de melasma
Cuidados para ter com o paciente no tratamento de melasma
Importância de utilizar os produtos certos no tratamento de melasma
Fatores que levam ao melasma
Uma das queixas mais frequentes nos consultórios estéticos é o melasma, uma hipermelanose adquirida ou crônica de etiologia não definida que pode ocorrer a diversos indivíduos, independente da raça ou sexo.
Porém, ele é mais observado em mulheres férteis e com fototipos intermediários que vivem em áreas com radiação ultravioleta (UV) elevada. Também é conhecida como manchas de gravidez ou cloasma.
Essas manchas ocorrem geralmente em rosto, atingindo a testa, bochechas, nariz, queixo e a área entre nariz e lábio superior. Embora raramente, também podem aparecer no pescoço, no peito, nas costas, nos antebraços e no dorso das mãos.
Mas o que leva a ocorrência de melasma? Suas causas ainda não estão totalmente definidas, mas sabe-se que as células que produzem a pigmentação da pele (melanócitos) são estimuladas pela exposição aos raios ultravioletas, causando a hiperpigmentação de algumas regiões.
Alguns fatores que podem estar envolvidos no desenvolvimento deste transtorno são:
- Alterações hormonais: gravidez, contraceptivos orais e terapêutica hormonal de substituição;
- Exposição à radiação ultravioleta;
- Exposição ao sol;
- Fatores genéticos;
- Fototipo (cor da pele);
- Medicamentos e cosméticos;
- Deficiência de zinco.
Dentre as possíveis causas que listamos agora, a exposição à luz solar tem o papel de agravar o melasma. Desse modo, países com radiação solar intensa precisam realizar cuidados extras com protetor solar nas áreas expostas ao sol. Além disso, também se indica o uso de óculos de sol.
Embora a exposição ao sol seja um fator importante no transtorno, o uso de contraceptivos orais e a gravidez também podem originar o melasma. No entanto, é preciso destacar que às vezes, após o parto, o melasma pode desaparecer ou não.
Outras alterações hormonais também podem estar ligadas ao melasma, como a menopausa e a terapêutica hormonal de substituição.
Além disso, o uso de certos medicamentos e cosméticos também pode influenciar na ocorrência da hipermelanose.
Vamos entender qual o papel de uma anamnese completa para o resultado do tratamento para melanose.
Importância da anamnese para o tratamento
Geralmente o melasma é identificado pela própria pessoa e, após a constatação de algo diferente, estas clientes costumam visitar clínicas dermatológicas para encontrar um diagnóstico.
É importante lembrar que o melasma não é uma doença e sim uma condição, um transtorno ou alteração no aspecto da pele.
Nessas consultas, os profissionais realizam uma anamnese, fundamental para o diagnóstico correto, avaliação física e requisição de alguns exames. Também é possível avaliar se realmente se trata de melasma, qual tipo, características e tratamentos adequados.
O diagnóstico de melasma é majoritariamente clínico, obtido pelo dermatologista por meio da história da queixa e exame físico. Além disso, podem ser utilizados exames complementares como a lâmpadas de Wood e a dermatoscopia.
Uma anamnese realizada de maneira completa e incluindo todos os detalhes é importante para diferenciar o seu trabalho no mercado, entregando resultados eficazes e para construir um relacionamento com a cliente.
Afinal, a anamnese funciona como uma segurança, tanto para o profissional quanto para a cliente. Pois, dessa maneira é possível montar um protocolo exclusivo e ideal para o caso.
Para realizar o diagnóstico do melasma é fundamental se consultar com um médico dermatologista que realizará exames e tratamentos mais profundos. Por outro lado, clínicas estéticas também são aliadas neste momento, pois lidam com tratamentos mais superficiais que auxiliam na melhor aparência da pele.
Por meio dessa avaliação, você, esteticista, pode conhecer os principais hábitos de cuidados da sua cliente, entender o que pode ser recomendado e como ajudá-la a encontrar resultados melhores no tratamento.
Por fim, você conheceu a importância da anamnese, então, vamos entender como funcionam os tipos de melasma e como é possível diferenciá-los.
Tipos de melasma e como diferenciar
Os tipos de melasma dependem da região onde foi depositada a melanina (pigmento que dá cor à pele). Dessa forma, é possível classificá-los em:
- Melasma epidérmico: a melanina é depositada na camada mais superficial da pele, a epiderme. Neste caso, os bordos são bem definidos e em cor castanho-escuro. Além disso, é um dos tipos de melasma que responde mais rapidamente ao tratamento.
- Melasma dérmico: conforme o nome sugere, esse tipo de melasma está localizado na derme, mais profunda que a epiderme. Logo, seus bordos são menos definidos e em cor castanho-claro ou azul-acinzentada. A resposta ao tratamento também é mais lenta.
- Melasma misto: ocorre quando mais de uma camada da pele é atingida. Nestes casos, tanto a epiderme quanto a derme são afetadas pelo distúrbio de pigmentação.
Por fim, existem terapias com bons resultados para o melasma, seguindo uma proposta de clarear as lesões, prevenir e minimizar a área afetada, com poucos efeitos adversos.
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Porém, ainda há dificuldades quanto à refratariedade de melanose, mas que com a tecnologia estão sendo desenvolvidas técnicas cada vez mais focados no controle destes casos.
Ativos não indicados em produtos do tratamento de melasma
Embora a razão do surgimento do melasma ainda não tenha sido totalmente esclarecida, já se sabe que há contraindicação de alguns elementos que podem resultar no agravamento dos casos de melasma.
Dessa forma, qualquer procedimento ou cosmético que possa aumentar a produção de melanina na pele é contra indicado, devido ao seu efeito rebote. Além disso, o protetor solar deve ser cuidado permanente para quem sofre com o transtorno.
O uso de hormônios, a exposição solar intensa direta ou indireta, assim como o bronzeamento artificial ou o calor intenso devem ser evitados para não lesionar ainda mais a pele.
Também é importante ressaltar para suas clientes que misturas caseiras, mais conhecidas como “mix & match” são totalmente contraindicadas no caso de melasma. A associação de ativos desconhecidos pode resultar em muitos efeitos adversos, inclusive novas manchas, vermelhidão, irritação e queimaduras.
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No entanto, em caso de dúvidas é sempre indicado consultar um médico dermatologista antes dos tratamentos, para entender o que está liberado, dependendo de cada caso.
Cuidados para ter com o paciente no tratamento de melasma
Primeiro, o principal cuidado que pessoas com melasma precisam se atentar é ao fato de sempre utilizar protetores solares de amplo espectro (UVA e UVB).
O filtro para proteção de luz visível pode ou não ser pigmentado, de modo a bloquear a radiação, tão prejudicial para clientes com o transtorno. Embora os produtos com pigmento sejam os mais selecionados, existem ativos que não possuem e que cumprem este papel.
Além de ser utilizado para controle das manchas e minimizando a chance de agravamento, o protetor solar também é uma medida a se tomar para prevenir o melasma. Logo, é ideal recomendar o uso frequente de protetores, assim como a aplicação com frequência para as clientes, a cada duas ou três horas.
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Embora as manchas possam ser clareadas, é importante alinhar as expectativas da paciente, garantindo mais segurança e satisfação com o tratamento. Além de cuidados realizados por meio de cosméticos, também é possível realizar procedimentos estéticos para minimizar os sinais de melasma.
Alguns procedimentos mais frequentemente utilizados são:
- Peeling químico: realizado por meio de uma descamação controlada, utilizando substâncias químicas, como ácido glicólico, ácido salicílico ou ácido tranexâmico. Neste caso, os ácidos são mais potentes e apresentam resultados mais rápidos. Porém, dependendo do caso pode ser optada uma versão mais leve se o estiver na região mais externa da pele.
- Peeling de diamante: também conhecido como microdermoabrasão, o peeling de diamante é um procedimento por onde ocorre a retirada das células mortas da camada mais superficial da pele. Isso acontece devido a uma esfoliação profunda da pele e estimula a produção de elastina e colágeno, contribuindo para melhor aspecto das manchas de melasma.
- Microagulhamento: técnica de procedimento estético que consiste na utilização de microagulhas de aço cirúrgicos para perfuração da pele. Dessa forma, estimula-se a vasodilatação e produção de colágeno, resultando em diminuição das manchas, da flacidez e rugas no rosto.
- Peeling ultrassônico: fornece limpeza das células mortas sem grandes efeitos colaterais. Assim, as vibrações decorrentes do procedimento estimulam a produção de colágeno e elastina que promovem uma limpeza mais profunda da pele.
- Laser ou Peeling a laser: promove a liberação de ondas de calor sobre a pele e proporciona a destruição do pigmento da melanina, geralmente utilizado em melasma profundo.
- Laserterapia ou luz intensa pulsada (IPL): também são utilizados, porém é preciso se atentar, pois, mesmo após o tratamento com laser, há chance do melasma rescindir ou até mesmo se agravar.
Embora existam diversas opções, é necessário realizar uma boa anamnese para descobrir qual o tipo de melasma e, assim, alinhar o tratamento que possui melhor resultado.
Além dos procedimentos, os tratamentos para melasma também podem envolver medicações orais e despigmentantes tópicos. No caso das medicações orais como comprimidos de ácido tranexâmico ou polypodium leucotomos podem ser indicadas quando a cliente não conseguir resultados satisfatórios com outros métodos.
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Por outro lado, os cremes ou pomadas com hidroquinona, retinóides, ácido azelaico, ácido kójico, ácido tranexâmico ou niacinamida (vitamina B3) também podem ser utilizados, principalmente em associação com outros tratamentos. Porém, é preciso atenção, pois alguns podem causar irritação na pele.
Embora seja grande a variedade de cremes que prometem clarear as manchas de melasma, isso gera uma dificuldade na hora de recomendar produtos específicos para as clientes.
Então, atente-se aos ativos mais utilizados para tratamento do melasma:
- Ácido glicólico
- Hidroquinona
- Ácido azeláico
- Arbutin
No entanto, deve-se destacar os efeitos que a hidroquinona podem causar na pele e que devem ser levados em consideração. Por exemplo, como hipersensibilidade ao contato com a luz solar, possibilidade de novas manchas, coceira, ressecamento, entre outros problemas, inclusive relacionados a sua toxicidade e segurança.
Além disso, quando utilizada durante um tempo prolongado pode provocar a ocronose exógena, manchas branco-azuladas irreversíveis.
Apesar de ser utilizado a muitos anos como alternativa de tratamento, questões relacionadas ao potencial carcinogênico e mutagênico da hidroquinona ainda não foram completamente esclarecidas.
Por fim, você conheceu os principais procedimentos, tratamentos e ativos utilizados no tratamento do melasma. No entanto, é fundamental entender a base do transtorno antes de realizar recomendações.
Agora, vamos entender qual a importância de aliar tecnologia e aproveitar produtos de qualidade para um tratamento mais certeiro e qualificado para o melasma.
Importância da tecnologia para promover o tratamento de melasma
Os tratamentos para o melasma são essenciais para a auto-estima de muitas clientes, e pensando nisso, provavelmente ao encontrarem sua clínica de estética elas precisarão de atenção e delicadeza durante os tratamentos.
Para agregar ainda mais valor ao seu atendimento, aumentando a chance de fidelizar essas clientes, é importante criar um relacionamento e recomendar produtos com alta tecnologia como os da Bioage.
Não há uma cura definitiva para essa condição e os cuidados com a pele devem ser permanentes. Portanto, acompanhar, realizar indicações para combater e controlar o melasma é fundamental para garantir qualidade de vida a sua cliente.
Tratar o melasma necessita de paciência, além de uma rotina de cuidados especiais para manutenção de uma pele hidratada, brilhante e saudável.
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